ARQUIVO ICONOGRAFICO
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POR QUE DO NOME RUA DOS INVÁLIDOS
Após trabalhar por seis anos, frequentar seus bares, a Igreja de Santo Antonio dos Pobres, onde peguei muito pãozinho do santo, seus hoteisinhos furrecos sempre "matando um gado", minha curiosidade levou-me a perguntar a esmo, num dia de sábado à tarde de 1976, subindo a Rua do Senado, rumo à Praça Cruz Vermelha, para entregar o encalhe de jornais e revistas da minha banca de jornais. por que Rua dos Inválidos....
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igreja de santo antonio
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policia central
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local onde foi o Asilo dos Inválidos
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cortiço famoso da Inválidos
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ufrj
xPOR QUE DO NOME RUA DOS INVÁLIDOS
Após trabalhar por seis anos, frequentar seus bares, a Igreja de Santo Antonio dos Pobres, onde peguei muito pãozinho do santo, seus hoteisinhos furrecos sempre "matando um gado", minha curiosidade levou-me a perguntar a esmo, num dia de sábado à tarde de 1976, subindo a Rua do Senado, rumo à Praça Cruz Vermelha, para entregar o encalhe de jornais e revistas da minha banca de jornais. por que Rua dos Inválidos....
A pergunta não evadiu-se de minha mente por décadas e, sempre que eu passava por ela, a insatisfação crescia. Mas tudo tem que ter um fim e decidi arrematá-la no natal de 2014, 38 anos depois de despertada. Primeiro busquei pela internet alguns detalhes que pudessem ajudar-me, depois peguei livros e revistas sobre a história do Rio de Janeiro, especialmente sobre o centro da cidade. Logo, tudo começou a clarear, tinha que ter a presença dos malfadados pastinhas da época do império e teve início em 1791 pelas mãos do vice-rei Conde de Resende, que pretendia rasgar uma via de acesso entre a Rua Visconde de Rio Branco ( na esquina com a Praça da República ) e a Rua do Riachuelo, aterrando um pântano da chácara do guarda-mor Pedro Dias Paes Leme. A princípio ela recebeu o nome de Rua Nova de São Lourenço, em homenagem a um oratório do santo na esquina do Campo de Santana ( onde tem hoje uma escola municipal) e NOVA para distinguir-se da antiga Rua de São Lourenço, atual Visconde da Gávea.
Mas com a construção de um asilo para mutilados de guerra ali na esquina com a Rua do Senado, em frente a Igreja de Santo Antonio, em 1794, começou a surgir o nome atual. Houve muita pendenga em relação a ele, que assim ficou conhecida até 14 de maio de 1888. Nessa data a câmara municipal batizou-a de Rua Thomas Coelho, em homenagem ao conselheiro Thomas José Coelho de Almeida, ministro da guerra do gabinete João Alfredo. Porém, por portaria de 21 de junho de 1890 recuperou seu antigo nome Rua dos Inválidos. Mas como a menina é prendada, outro decreto, este de número 685, de 27 de junho de 1899 rebatizou-a de Rua Dr Meneses Vieira, o médico e professor Joaquim José Meneses Vieira, dono de uma escola próximo à Rua Riachuelo. Mas, finalmente, seu antigo nome, batizado pelo povo, devido aos soldados do império que chegavam das guerras sem pernas nem braços, foi restituído em 31 de Outubro de 1917, pelo decreto 1165 e assim continua.
No entanto, o que ardia na minha curiosidade era a forma jocosa, pejorativa, como os colegas se referiam à rua, a suas esquinas, aos seus "hoteis furrecos", bares pés-sujos, cospe-grosso, pé-inchado, sua prostitutas sempre depreciadas como "bicheiras", "baratas-de-cortiços", ou simplesmente sacos de gonorreia, quando marcavam um cachaçal dizendo, simplesmente, " na esquina dos inválidos ". Ái ! Era uma facada. Juro que eu me sentia mal, ficava incomodado, mas sem saber o " por que Rua dos Inválidos ", que agora está esclarecido, e até dá para se compreender que meus amigos têm alguma razão nos maltratos com a pobre da Rua, e pra mim, que tinha uma banca de jornais na esquina com a Praça da República, não caía bem ser chamado de Jornaleira da Esquina dos Inválidos...
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INVÁLIDOS (rua dos) – Começa na praça da República e termina na rua do Riachuelo. Foi aberta em 1791 pelo vice-rei Conde de Rezende, através dos terrenos pantanosos da chácara do guarda-mor Pedro Dias Paes Leme e recebeu o nome de rua Nova de São Lourenço, por existir um oratório desse santo em uma das esquinas com o campo de Sant’Anna. Chamada de Nova para distinguí-la da antiga rua de São Lourenço (atual Visconde da Gávea). Com a construção em 1794 de um prédio – Casa dos Inválidos – para servir de asilo aos soldados reformados ou inválidos surgiu a nova denominação de rua dos Inválidos para esse logradouro, que permaneceu até 14.05.1888, quando a Câmara Municipal mudou-lhe o nome para rua do Thomas Coelho, em memórias do conselheiro Thomas José Coelho de Almeida, ministro da guerra do Gabinete João Alfredo. Por Portaria de 21.2.1890, voltou ao antigo nome de rua dos Inválidos. O Decreto 685 de 27.06.1899, alterou-lhe o nome novamente para rua do Dr. Menezes Vieira, médico e professor Joaquim José de Menezes Vieira, proprietário de um educandário secundário na referida rua. Finalmente, a antiga e tradicional denominação de rua dos Inválidos foi restabelecida pelo Decreto 1165 de 31.10.1917.
Mas com a construção de um asilo para mutilados de guerra ali na esquina com a Rua do Senado, em frente a Igreja de Santo Antonio, em 1794, começou a surgir o nome atual. Houve muita pendenga em relação a ele, que assim ficou conhecida até 14 de maio de 1888. Nessa data a câmara municipal batizou-a de Rua Thomas Coelho, em homenagem ao conselheiro Thomas José Coelho de Almeida, ministro da guerra do gabinete João Alfredo. Porém, por portaria de 21 de junho de 1890 recuperou seu antigo nome Rua dos Inválidos. Mas como a menina é prendada, outro decreto, este de número 685, de 27 de junho de 1899 rebatizou-a de Rua Dr Meneses Vieira, o médico e professor Joaquim José Meneses Vieira, dono de uma escola próximo à Rua Riachuelo. Mas, finalmente, seu antigo nome, batizado pelo povo, devido aos soldados do império que chegavam das guerras sem pernas nem braços, foi restituído em 31 de Outubro de 1917, pelo decreto 1165 e assim continua.
No entanto, o que ardia na minha curiosidade era a forma jocosa, pejorativa, como os colegas se referiam à rua, a suas esquinas, aos seus "hoteis furrecos", bares pés-sujos, cospe-grosso, pé-inchado, sua prostitutas sempre depreciadas como "bicheiras", "baratas-de-cortiços", ou simplesmente sacos de gonorreia, quando marcavam um cachaçal dizendo, simplesmente, " na esquina dos inválidos ". Ái ! Era uma facada. Juro que eu me sentia mal, ficava incomodado, mas sem saber o " por que Rua dos Inválidos ", que agora está esclarecido, e até dá para se compreender que meus amigos têm alguma razão nos maltratos com a pobre da Rua, e pra mim, que tinha uma banca de jornais na esquina com a Praça da República, não caía bem ser chamado de Jornaleira da Esquina dos Inválidos...
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INVÁLIDOS (rua dos) – Começa na praça da República e termina na rua do Riachuelo. Foi aberta em 1791 pelo vice-rei Conde de Rezende, através dos terrenos pantanosos da chácara do guarda-mor Pedro Dias Paes Leme e recebeu o nome de rua Nova de São Lourenço, por existir um oratório desse santo em uma das esquinas com o campo de Sant’Anna. Chamada de Nova para distinguí-la da antiga rua de São Lourenço (atual Visconde da Gávea). Com a construção em 1794 de um prédio – Casa dos Inválidos – para servir de asilo aos soldados reformados ou inválidos surgiu a nova denominação de rua dos Inválidos para esse logradouro, que permaneceu até 14.05.1888, quando a Câmara Municipal mudou-lhe o nome para rua do Thomas Coelho, em memórias do conselheiro Thomas José Coelho de Almeida, ministro da guerra do Gabinete João Alfredo. Por Portaria de 21.2.1890, voltou ao antigo nome de rua dos Inválidos. O Decreto 685 de 27.06.1899, alterou-lhe o nome novamente para rua do Dr. Menezes Vieira, médico e professor Joaquim José de Menezes Vieira, proprietário de um educandário secundário na referida rua. Finalmente, a antiga e tradicional denominação de rua dos Inválidos foi restabelecida pelo Decreto 1165 de 31.10.1917.
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